domingo, 15 de junho de 2014

De Volta ao Tempo Comum
Rev. Edson Cortasio Sardinha




Com a Festa do Dia de Pentecostes retornamos ao Tempo Comum. Serão no total 34 Semanas e terminará no dia 29 de novembro, vésperas do primeiro Domingo do Advento.
“Tempo comum”, “Tempo ordinário” ou “Tempo durante o ano” são três designações para o período de cerca de dois terços de todo o ano litúrgico (33 ou 34 semanas) e que tem como característica própria celebrar o mistério de Cristo na sua globalidade, em vez de se centrar numa dimensão desse mesmo mistério de Cristo.
O Tempo Comum começa na segunda-feira a seguir ao domingo que ocorre depois do dia 6 de Janeiro e prolonga-se até à terça-feira antes da Quaresma inclusive; retoma-se na segunda-feira a seguir ao Domingo do Pentecostes e termina antes das Vésperas do primeiro Domingo do Advento.
            O que caracteriza este longo tempo litúrgico é a celebração do mistério de Cristo na sua globalidade, especialmente nos Domingos.
Esta globalidade significa que a manifestação do Senhor não se celebra exclusivamente no ciclo natalício, mas continua no Tempo comum; significa que a Páscoa não se celebra apenas no ciclo próprio, mas que ilumina toda a existência cristã ao longo do ano; significa que toda a vida de Cristo, com a salvação que traz e torna presente, acompanha a vivência cristã de todo o ano litúrgico. Todo domingo é Páscoa do Senhor.
            É na celebração do Domingo, Dia do Senhor e “Páscoa semanal”, que o Tempo comum encontra o seu centro significativo. Ora, os Domingos do Tempo comum são aqueles que se podem considerar os Domingos no seu estado mais puro: Páscoa semanal e primeiro dia da semana, que dá sentido à vivência de toda a semana.
Antes da Igreja celebrar o Natal ou a Páscoa cristã, ela celebrava todos os domingo o Tempo Comum. Isso significa que todo domingo é festa que celebra o nascimento, morte e ressurreição de Jesus. 
            Nos domingos do Tempo Comum, as leituras do Evangelho apresentam Jesus na normalidade quotidiana dos seus gestos e dos seus ensinamentos. Os textos evangélicos aparecem-nos, assim, como a grande escola dos discípulos de Cristo, dos cristãos, que acompanham o Mestre e O escutam no dia a dia; que procuram configurar as suas vidas com a do próprio Cristo. O Tempo comum é tempo de amadurecimento da vivência da fé.
Todas as ações da Igreja, seja no Tempo Comum ou nos Ciclos do Natal e Páscoa, deverão visar o discipulado.

A Igreja morre quando deixa de fazer novos discípulos e discípulas. Nossa Missão é semear a justiça e a paz através de um forte comprometimento com a Palavra do Senhor que nos manda fazer discípulos de todas as nações (Mt 28.19).