4º Domingo do Advento
O Emanuel
Mateus 1.18-25
Mateus
deseja contar o que realmente ocorreu no nascimento de Jesus. Suas informações
são preciosas. Escreve para mostrar que tudo na vida de Jesus foi segundo as
Escrituras Sagradas. Nada em sua existência foi sem propósito.
Mateus fala
do nascimento de Jesus revelando a atitude de obediência de José, o homem
escolhido por Deus para acolher e educar o Senhor Jesus.
José
auxiliou o Emanuel a se adaptar ao mundo e realizar o que Deus tinha para Ele.
Este
Evangelho nos ensina que o Natal é a manifestação de Deus ao mundo para salvar
os homens e mulheres do pecado e revela que a vontade de Deus exige obediência
da parte do homem.
I.
A Virgem grávida pelo Espírito Santo
Maria é escolhida por Deus. Mateus inicia a
história do nascimento de Jesus com o milagre ocorrido na vida de sua mãe: (18)
"estando Maria, sua mãe, desposada com José, sem que tivessem antes
coabitado, achou-se grávida pelo Espírito Santo".
A palavra
"desposado" assinalava um documento muito parecido com o casamento.
Era um compromisso matrimonial completo, mas sem relação sexual. Não era um
noivado, era um compromisso muito maior e documentado em cerimônia religiosa e
civil. Após a cerimônia o noivo tinha a tarefa de preparar casa e a festa e vir
buscar a esposa em definitivo. Mesmo não tendo relações sexuais, a mulher já
era considerada esposa.
Foi neste
momento que Maria achou-se grávida do Espírito Santo. Lucas detalha este
acontecimento milagroso (Lucas 1.26-38).
Deus
escolheu Maria e José. Foram separados para um propósito especial e específico.
Além de serem escolhidos, foram fiéis ao projeto de Deus.
Natal fala
da soberania divina e da resposta humana. Assim como José e Maria, precisamos
ser obedientes ao projeto de Deus, mesmo que esta atitude signifique prejuízos
aos nossos projetos humanos.
Você já
abriu mão de algo precioso pelo projeto de Deus em sua vida?
II.
Atitude de José
Uma mulher
grávida antes do casamento era um grande pecado. Ainda mas se ela estivesse
comprometida a um homem e ficasse grávida de outro. Este pecado chama-se
adultério.
Em Levítico
20.10 está escrito: "Também o homem que
adulterar com a mulher de outro, havendo adulterado com a mulher do seu
próximo, certamente morrerá o adúltero e a adúltera".
José tinha o direito de levar sua
esposa as autoridades competentes para ser julgada e morta. Era para ele
desonroso receber como esposa uma mulher grávida de outro homem.
Provavelmente Maria falou da visita
do anjo, mas José não sabia de nada. Como acreditar numa história dessas?
José teve três opções: a) Receber
Maria como esposa e ignorar o caso do adultério; b) Denunciar Maria às
autoridade para que fosse julgada e morta; c) ou deixá-la secretamente poupando
sua vida e receber a culpa de ter engravidado sua esposa e fugido.
José escolhe a última opção: (19)
"Mas José, seu esposo, sendo justo e não a querendo infamar, resolveu
deixá-la secretamente".
José foi
justo. Não tinha condições para entender o milagre relatado por Maria, mas
também não desejou ser o juiz do caso. Era justo e preferiu levar a culpa e
deixar tudo nas mãos de Deus.
A melhor
decisão é deixar tudo nas mãos do Senhor. Nem sempre fazer justiça com as
próprias mãos ou abrir uma situação de contenda é o melhor caminho. Sempre a
melhor opção é ser justo e buscar a justiça divina. José acertou em sua
decisão.
Você tem
dificuldade de deixar uma situação nas mãos de Deus?
III. A
Intervenção de Deus
José iria
tomar uma atitude baseada em sua justiça. Não queria infamar Maria: (20) "Enquanto ponderava nestas
coisas, eis que lhe apareceu, em sonho, um anjo do Senhor, dizendo: José, filho
de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, porque o que nela foi gerado é do
Espírito Santo. (21) Ela
dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo
dos pecados deles".
Um anjo de
Deus foi guiar José. Ele não precisava temer receber Maria como esposa.
Realmente ela estava grávida do Espírito Santo.
José deveria
colocar na criança o nome de Jesus. Este nome significa "Salvação de
Deus". Fala da missão do menino: "porque Ele salvará o seu povo dos
pecados deles".
A gravidez
de Maria não seria um prejuízo ou uma desonra para José. Seria um presente de
Deus.
A profecia
de Isaías 7.14 estaria se cumprindo em suas vidas: (23) "Eis que a virgem
conceberá e dará à luz um filho, e Ele será chamado pelo nome de Emanuel (que
quer dizer: Deus conosco)".
Existem
momentos que necessitamos da intervenção de Deus para reconhecer o caminho
certo.
Deus
interviu na vida de José e isso possibilitou discernimento. Sem a revelação de
Deus, tendemos a errar o caminho.
Você já
tomou decisão erradas por não esperar o discernimento de Deus?
Conclusão:
José é
obediente. (24) " Despertado do sono, fez como lhe ordenara o anjo do Senhor
e recebeu sua mulher. (25) Contudo,
não a conheceu, enquanto ela não deu à luz um filho, a quem pôs o nome
de Jesus".
José recebe
Maria e respeita sua virgindade e gravidez santa sem ter relações sexuais.
Enquanto Maria estava grávida, José não a conheceu. Somente depois como diz o
Evangelho.
Deus
ministra muitas revelações, mas exige nossa obediência.
A vontade de
Deus só será possível se aceitarmos em obediência o que Ele deseja para nós.
O Natal fala
do amor de Deus, da coragem de Maria e da obediência de José.
Precisamos,
neste Natal, aceitar o amor de Deus, corajosamente nos entregar aos seus planos
e propósitos e obedecer o rumo que Ele deseja para a nossa vida.
A maior
alegria do Natal é estar no centro da vontade de Deus.
Oração final: Ó Deus
Onipotente, purifica a nossa consciência com tua visitação diária, para que o
teu Filho Jesus Cristo, na sua vinda em glória, encontre em nós a morada
preparada para Si; o qual vive e reina contigo, na unidade do Espírito Santo,
um só Deus, agora e sempre. Amém.