O texto que fala da vida monástica segundo a Regra e tradição de Benedito de Núrsia. Um interessante estudo.
A Busca de Deus através da Oração, do Trabalho e do Estudo
O termo monge, no latim monachus, tem sua origem no termo grego monós, (que significa um, um só), um só não no sentido de único, solitário, sozinho, isolado, mas um só no sentido de uno, completo, todo, inteiro, sem divisão. O monge é, pois, aquele que está em busca da sua unidade essencial e existencial, que procura esta unidade fundamental do seu ser em Deus, consigo mesmo, com os demais seres humanos e com o cosmos. O monge alcança a sua unidade sendo um só, com Deus; um só com a humanidade; e um só, com a criação.
Nesse contexto, o monaquismo beneditino reconhece como ponto fundamental, sentido da sua existência e sua razão de ser, a busca de Deus (“si revera Deum querit” = se busca verdadeiramente a Deus, Regra de São Bento 64). Busca de Deus que, no âmbito da Revelação Cristã, identifica-se com o conhecimento de Cristo, conhecimento este que, por sua vez, está necessariamente relacionado com o seguimento de Jesus. Logo, buscar verdadeiramente a Deus é conhecer a Cristo e conhecer verdadeiramente a Cristo é segui-lo, tornar-se seu discípulo e amigo.
Ora, falando aos Abades beneditinos em 1966, o Papa Paulo VI assim definia os monges: “Aeterni Dei estis investigatores” – sois pesquisadores do Deus Eterno. Nesta fórmula, ele traduzia em termos modernos, e no latim ciceroniado da Cúria, a velha definição do monaquismo segundo a tradição beneditina: “Si revera Deum Quaerit” – isto é, a autenticidade da vocação do candidato é reconhecida “se, na verdade, ele procura a Deus”. Essa terminologia de origem bíblica foi sempre mantida no monaquismo. Ela é hoje carregada de novas riquezas e cheia de imensa impregnação intelectual e humana. Tal vocabulário pode aplicar-se com propriedade ao que os antigos monges chamavam de busca de Deus (Quaesitio Dei).
O projeto que inspira a vida monástica obedece, pois, a certo ideal e a uma esperança. Na vida beneditina, este ideal de “buscar verdadeiramente a Deus” e “nada antepor ao amor de Cristo” se estrutura sobre três pilares: a oração (ora), o estudo (legere) e o trabalho (et labora). Estas são as colunas que sustentam a sólida edificação da vida monástica beneditina como sendo uma Escola do Serviço do Senhor, “Schola Dominici Servitii” (Prólogo da Regra de São Bento, 45).
Nesse contexto, o monaquismo beneditino reconhece como ponto fundamental, sentido da sua existência e sua razão de ser, a busca de Deus (“si revera Deum querit” = se busca verdadeiramente a Deus, Regra de São Bento 64). Busca de Deus que, no âmbito da Revelação Cristã, identifica-se com o conhecimento de Cristo, conhecimento este que, por sua vez, está necessariamente relacionado com o seguimento de Jesus. Logo, buscar verdadeiramente a Deus é conhecer a Cristo e conhecer verdadeiramente a Cristo é segui-lo, tornar-se seu discípulo e amigo.
Ora, falando aos Abades beneditinos em 1966, o Papa Paulo VI assim definia os monges: “Aeterni Dei estis investigatores” – sois pesquisadores do Deus Eterno. Nesta fórmula, ele traduzia em termos modernos, e no latim ciceroniado da Cúria, a velha definição do monaquismo segundo a tradição beneditina: “Si revera Deum Quaerit” – isto é, a autenticidade da vocação do candidato é reconhecida “se, na verdade, ele procura a Deus”. Essa terminologia de origem bíblica foi sempre mantida no monaquismo. Ela é hoje carregada de novas riquezas e cheia de imensa impregnação intelectual e humana. Tal vocabulário pode aplicar-se com propriedade ao que os antigos monges chamavam de busca de Deus (Quaesitio Dei).
O projeto que inspira a vida monástica obedece, pois, a certo ideal e a uma esperança. Na vida beneditina, este ideal de “buscar verdadeiramente a Deus” e “nada antepor ao amor de Cristo” se estrutura sobre três pilares: a oração (ora), o estudo (legere) e o trabalho (et labora). Estas são as colunas que sustentam a sólida edificação da vida monástica beneditina como sendo uma Escola do Serviço do Senhor, “Schola Dominici Servitii” (Prólogo da Regra de São Bento, 45).
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