RELATÓRIO DO RETIRO DE CONTEMPLAÇÃO E ESPIRITUALIDADE – 2025
14, 15 e 16 de novembro de 2025.
OESI – Ordem Evangélica dos Servos Intercessores
Tema: “O Sacramento do Altar e a Imitação de Cristo”
Introdução:
Ao contemplarmos os dias que vivemos juntos neste retiro santo, nossos corações se curvam em profunda gratidão. Foi um tempo em que o Senhor visitou a OESI com suavidade e poder, renovando nossos votos interiores, fortalecendo o espírito de intercessão e reavivando a chama da santidade cotidiana. Cada oração, cada silêncio, cada partilha e cada subida ao monte se tornaram como pedras vivas erguidas diante de Deus em adoração.
O Convento Madre Regina, conectado à vida orante da OESI e da OFSE, pareceu respirar conosco; suas paredes espirituais tornaram-se eco do louvor, do arrependimento e da presença do Cristo que caminha no meio de seu povo.
SEXTA-FEIRA – A CHEGADA AO SANTO RECOLHIMENTO
A partir das 17h, os irmãos começaram a chegar, trazendo consigo expectativas, cansaços e orações acumuladas no coração. Como peregrinos sedentos, fomos sendo acolhidos no silêncio sagrado do retiro.
Às 18h, elevamos juntos a Oração das Vésperas, marcando a entrega da noite nas mãos de Deus. Foi o primeiro sopro de paz que encheu o ambiente.
O Chá da Noite, às 20h, serviu como suave comunhão fraterna, preparando-nos para as Orientações das 21h, quando nos colocamos sob a disciplina espiritual e amorosa da comunidade.
Às 21:30h, na Oração das Completas, entregamos nossas inquietações ao Deus que vela enquanto dormimos. O clima de recolhimento intensificou-se, conduzindo todos à Poustínia, às 22h—o silêncio interior do quarto, onde cada servo se recolheu diante do Senhor com o coração desperto.
SÁBADO – DIA DE ESCUTA, SILÊNCIO E MONTE SANTO
O sábado se iniciou com o romper do dia, às 6h, com a leitura do Espelho da Consciência (pp. 1–14). Este momento foi profundo: o Espírito confrontou, consolou e purificou. Houve lágrimas discretas, sentimentos desnudados e um sincero desejo de arrependimento.
Às 7h, celebramos as Laudes Matutinas com Eucaristia. O Sacramento do Altar brilhou em meio a nós como fonte de vida e graça, unindo-nos ao Cristo que se oferece por amor.
Após o café, seguimos às palestras e partilhas. A comunhão espiritual foi crescendo, e às 10:15h começamos um dos momentos mais marcantes do retiro: a oração ininterrupta no Monte e na Capela.
A Oração no Monte – Um Cenáculo ao Ar Livre
Subimos ao monte como quem sobe ao coração de Deus. Ali, o vento parecia testemunhar nossa intercessão. Alguns oravam de joelhos, outros caminhavam lentamente. O silêncio foi tão profundo que parecia falar. Foi um dos momentos mais fortes de toda a programação: servos intercedendo, clamando por misericórdia para o mundo, para a Igreja, para os irmãos em sofrimento.
A Capela, ao mesmo tempo, tornava-se como um pequeno Getsemani. Dois grupos, um só espírito. Como diz a Escritura: “Uma só fé, um só Senhor, um só Espírito”.
O restante da tarde foi marcado pela Visio Divina, pela leitura orante, pela partilha em grupos e pela fala ao grande grupo. Cada etapa do sábado se tornou uma espécie de eco litúrgico da manhã: tudo parecia nascer da oração no monte.
À noite, refletimos sobre A Igreja Perseguida, o que reacendeu em nós o espírito de vigilância e compaixão. Encerramos com as Completas (20:30h) e retornamos à Poustínia. A quietude daquela noite foi profunda; muitos afirmaram depois terem sentido o Senhor falar de modo especial.
DOMINGO – VIA SACRA, RENOVAÇÃO E ENVIO
O domingo amanheceu com a continuidade da leitura do Espelho da Consciência (pp. 15–31). Um senso de purificação final tocou a todos, preparando-nos para as Laudes com Eucaristia, às 7h.
Depois do café, seguimos para a palestra e, às 10:15h, ocorreu outro dos grandes momentos do retiro:
A Via Sacra – No Caminho da Cruz
Percorremos a Via Sacra como peregrinos que seguem os passos do Cordeiro. Cada estação recordou-nos tanto o sofrimento de Cristo quanto a esperança da redenção. Foi impossível não se comover ao meditar a entrega daquele que nos amou até o fim. Muitos irmãos relataram profunda renovação interior; outros falaram sobre serem tocados com nova clareza pela mensagem da cruz — tema tão central à OFSE e à vida paulina que prezamos.
Ao final, às 11h, no Capítulo da OESI, apresentamos relatórios, ouvimos testemunhos e renovamos os votos. O ambiente parecia banhado pela graça do Espírito Santo. Era como se o Senhor confirmasse: “Permaneçam fiéis, pois Eu estou convosco.”
A Oração da Hora Média encerrou oficialmente o retiro às 12h, e o almoço às 12:20h selou nossa fraternidade.
Conclusão:
Este retiro foi verdadeiramente uma bênção de Deus. Saímos fortalecidos, unidos e profundamente tocados pela presença do Senhor. A oração no monte se tornou um marco espiritual para muitos; a Via Sacra reacendeu o fervor pela cruz; as leituras, partilhas e liturgias consolidaram nossa vocação de servos intercessores.
Voltamos para casa com o coração cheio e a certeza de que cada servo da OESI — está debaixo da misericórdia do Cordeiro que reina para sempre.
A Ele a glória, a Igreja a fidelidade, e a nós a alegria de servir.
Vídeos do retiro 2025
Via Sacra no Domingo pela manhã.
Celebrações na Capela
Foto Oficial na Sala de Ministração
A Perfeita Alegria do retiro
Capela das Celebrações
Momento de despedida desse lugar abençoado
Estudos em pequenos grupos nas deliciosas salas de meditações.
No silêncio orante do Mosteiro Terra Santa, ergue-se um novo sinal da providência de Deus: os mourões da cerca. Cada estaca fincada na terra é mais que madeira e concreto — é um testemunho visível da fé e da generosidade dos que têm sustentado esta obra com oração, amor e oferta.
Assim como os antigos muros de Jerusalém simbolizavam a proteção do povo de Deus, também a cerca que agora se levanta em torno do Mosteiro é expressão de cuidado e consagração. Ela não é apenas um limite físico, mas um convite à vida recolhida e santa, onde o espaço do Mosteiro é guardado para a oração, o silêncio e o serviço.
Cada mourão, colocado com esforço e gratidão, representa mãos que ofertaram, corações que confiaram e almas que acreditam no chamado que o Senhor fez florescer neste solo de Ji-Paraná. “O Senhor é o teu guarda; o Senhor é a tua sombra à tua direita” (Salmo 121.5). Assim como Ele cerca os seus com amor, nós também erguemos esta cerca como sinal visível de que a casa do Senhor é um lugar separado, dedicado à Sua glória.
Aos ofertantes, nosso sincero reconhecimento. Suas contribuições não apenas sustentam a estrutura da cerca, mas fortalecem o espírito da comunidade. Cada valor ofertado, cada gesto de apoio, é uma semente de fé que o Senhor certamente fará frutificar em bênçãos espirituais.
Que estes mourões sejam, para todos nós, lembrança de que o verdadeiro cerco que protege o Mosteiro é o amor de Deus — firme, constante e eterno. E que, ao olhar para a cerca concluída, possamos dizer com o salmista: “Senhor, tu és o meu refúgio e a minha fortaleza, o meu Deus, em quem confio” (Salmo 91.2).
Assim seguimos, entre o labor e a oração, agradecendo pelos mourões da graça e pelos corações que, com fé e devoção, têm ajudado a construir o espaço sagrado onde o nome do Senhor será continuamente glorificado.